20 Apr 2024


Santa Dulce dos Pobres - o anjo bom da Bahia

Publicado em Luiz José M. Salata
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Nasceu Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes aos 26 de maio de 1914, em Salvador BA, filha de Dulce Maria de Souza Brito e de Augusto Lopes Pontes, dentista e professor da Universidade Federal da Bahia. Quando criança, costumava rezar muito e pedia sinais a Santo Antônio, pois queria saber qual opção seguir na vida, a religiosa ou se casar. Aos treze anos de idade, após visitar áreas carentes, acompanhada de uma tia, ela começou a manifestar o desejo  de se dedicar à vida religiosa. Ajudava os mendigos, enfermos e desvalidos com muita dedicação. Com o consentimento da família e o apoio de sua irmã, Da. Dulcinha, a menina foi transformando a casa onde residiam os familiares, na Rua da Independência, nº 61, no Bairro de Nazaré, num centro de atendimento às pessoas necessitadas. A casa ficou conhecida como a portaria de São Francisco, tal o número de carentes que se aglomeravam na entrada. Em oito de fevereiro logo após se formar professora primária, Maria Rita ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, no estado de Sergipe. Em 13 de agosto de 1933, após seis meses de noviciado, aos dezenove anos ela fez sua profissão de fé e votos perpétuos, tomando o hábito de freira e recebendo o nome de Irmã Dulce, em homenagem a sua mãe. Em seguida, retornou a Salvador, sendo sua primeira missão como religiosa o ensino em um colégio mantido pela sua congregação, na Cidade Baixa, além de dar assistência para as comunidades pobres da região. Em 1936, com apenas vinte e dois anos de idade, fundou com Frei Hildebrando Kruthanp, a União Operária São Francisco, primeiro movimento cristão operário da Bahia. No ano seguinte, sempre com o Frei Hildebrando, criou o Círculo Operário da Bahia, mantido com a arrecadação de três cinemas que ambos empreendimentos haviam sido construídos através de doações. Tinham como finalidade a difusão das cooperativas, a promoção cultural e social dos operários e a defesa dos seus direitos. Em maio de 1939, Irmã Dulce inaugurou o Colégio Santo Antônio, voltado para os operários e seus filhos. Peregrinou durante uma década, instalando doentes em vários lugares até transformar em albergues o galinheiro do Convento Santo Antônio, o qual mais tarde deu origem ao Hospital Santo Antônio, centro de um complexo médico, social e educacional para atendimento aos pobres. Mesmo com a saúde frágil, Irmã Dulce construiu e manteve uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país – as obras sociais Irmã Dulce. Por trinta anos dormiu em uma cadeira de madeira, cumprindo a promessa feita em 1956, para que sua irmã Dulce sobrevivesse a uma gravidez de alto risco. Em 1980, durante a primeira visita do Papa João Paulo II ao Brasil, Irmã Dulce foi convidada a subir ao altar para receber uma bênção especial, quando o Papa retirou do bolso um rosário e ofereceu a ela dizendo: continue Irmã Dulce, continue. Em 2000, foi distinguida pelo Papa João Paulo II com o titulo de Serva de Deus. Irmã Dulce fundou diversos estabelecimentos destinados à assistência aos carentes e doentes, entre eles o Hospital Santo Antonio, Centro Educacional Santo Antonio, Círculo Operário da Bahia, dentre muitas outras obras comunitárias. Em 20 de outubro de 1991, com sérios problemas pulmonares recebe em seu leito de morte o Papa João Paulo II, para lhe conceder a bênção e a extrema unção. Em 13 de março de 1992, faleceu aos setenta e sete anos, sendo sepultada no alto de Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e depois  transferida para a Capela do Hospital Santo Antônio. Foi declarada Venerável pela Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano, em vinte e um  de janeiro de 2009. Em três de abril do mesmo ano, Papa Bento XVI aprovou o decreto de reconhecimento  de suas virtudes heróicas. Em vinte e sete de outubro de 2009, foi beatificada, recebendo o título de  Bem Aventurada Dulce dos Pobres. Foi reconhecida pelo milagre por sua intercessão na recuperação de uma mulher sergipana que havia sido desenganada pelos médicos após sofrer hemorragia durante o parto. Em treze de maio de 2019, o Vaticano reconheceu um segundo milagre de Irmã Dulce na cura de uma pessoa cega. Em treze de outubro do mesmo ano, o Papa Francisco lhe concedeu a canonização com o título de Santa Dulce dos Pobres. A  Festa Litúrgica da primeira Santa brasileira é  dia treze de agosto, justamente na mesma data que em 1.933,  Irmã Dulce  fez sua profissão de fé e os votos perpétuos, tornando-se freira.  Por toda a sua vida apregoou: “ A miséria é a falta de amor entre os homens”.        

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