19 Apr 2024


Histórias e “Causos” do Alberto, sua família, seus amigos (III)

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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A piscina
Eram seis amigos. Entre eles, Alberto, Coelho, Amadei e Gomes. Viajaram para Caldas Novas, em Goiás.  Ficaram morrendo de inveja vendo as crianças nos escorregadores das piscinas de águas mornas. Até que, o espírito infantil aflorou mais forte, e Alberto disse aos amigos que iria se juntar às crianças... e TCHUM... se enturmaram aos pequenos. As outras pessoas que ali estavam, com idade como a deles, seus 60 e poucos anos, começaram a fazer fila acompanhando o divertimento. De repente, ouviram gritos aflitos. Era o Coelho, que contagiado com a alegria dos amigos, e nos seus 78 anos, esqueceu-se que não sabia nadar, e se debatia nas águas da piscina.
 
O curió
O Alberto era industrial de móveis. Quando passou a fábrica para o filho, ficou meio aposentado. A casa e a fábrica eram vizinhas. Ficava então, andando pela calçada de uma para a outra, sempre com seu chapéu ou boina na cabeça e os braços cruzados. Quando passava um conhecido. Lá vinha um caso. Foi junto com o Coelho que se deu esta. Antes, uma explicação. Nos anos 60, foi muito comentado na cidade, que o Zé Romano havia trocado um Volks por um pássaro, o curió. Verdade? Não sei. Diziam que o valor do pássaro que não tem beleza está no trinado de seu canto, e por morrerem muitos na troca das penas, pois seus bicos ficam moles e não se alimentam direito. Verdade. Não sei. Lá vai. Alberto disse: - Coelho, você já sabe da desvalorização do curió? Não?  Sabe por quê? Um amigo recém-formado em odontologia, amigo de minhas filhas, o Calé, inventou um bico de platina adaptado ao bico do curió, na muda das penas. Ele faz a aplicação no consultório dele e o curió nem sente a mudança. Dizem que o Calé está ganhando um dinheirão com isso.
O Coelho achou interessantíssimo, e se propôs divulgar. Já viram as confusões, não é?
Calé... é verdade?...hahahaha

Que peixão!
Numa das pescarias em que o Bambach participava do grupo, aconteceu esta. Ficaram hospedados em um hotel da cidadezinha próximo ao rio. Os dois amigos disseram ao resto da turma que iam pescar. Como os peixes lá eram muito grandes, disseram para a turma que se começassem a gritar, era para irem ajudá-los a tirar os peixes da água. Passada meia hora, começaram:
- Peguei, peguei, Bambach, ajude aqui que é grande! Venham todos ajudar.
Foram todos correndo e de repente caíram por terra, pois os amigos haviam esticado uma cordinha entre os arbustos para pegar os amigos... pode?
 
O risoto
A turma do Alberto como andava sempre “só homens”, ficavam muito à vontade. Ele e o Bambach tinham mania de andar nus, com um jornal na frente e outro na parte de trás, presos pelo cinto, com os sapatos e o chapéu na cabeça. Banho, em praia ou rio, era peladão mesmo.
Quando Alberto e Odette se casaram, nos anos 30, foram para Santos, Guarujá e Ita-nhaém. Nesta última cidade, foram a passeio e não levaram roupas de banho. A praia era totalmente deserta. Casaram-se num dia considerado negativo para a felicidade: 29 de fevereiro. Pleno verão. Era um dia de muito calor. Alberto disse:
- Vamos tomar um banho?... ao que Odette respondeu:
- Não trouxemos roupa apropriada... E o Alberto falou:
- Para que roupa?...E os dois entraram no mar como Deus os trouxe ao mundo.
Acho que o Alberto, talvez por ser filho de alemães, ou por seu espírito muito livre, sempre viu a nudez como coisa natural. Não se preocupava muito em fechar portas ou se trocar em frente às outras pessoas.
Agora vamos à história do risoto, que é um arroz, feito com temperos, vinho branco, com algum tipo de carne, vaca, peixe ou ave, ou legumes, com tudo bem temperado com azeitonas, alcaparras e um queijo parmesão ralado na hora.
Bambach era um grande cozinheiro. Quando iam para a Praia Grande, ele era o responsável pela cozinha.
A Praia Grande era nessa época meio deserta. Bambach fez um risoto muito especial, com miúdos de frango e todos os demais temperos, colocando-o no forno em grande assadeira. Usava um grande avental branco. Em frente à casa, sentados na praia estava um jovem casal, in love. Os amigos apostaram que o Bambach não teria coragem em ir oferecer o risoto a eles, vestido somente com o avental. Pois não é que ele foi?... Ele era muito grande e forte. Imaginem a figura. Abordou o casal de frente, disse se estavam servidos. Ante a recusa, virou-se de costa para eles e seguiu para a casa.
O causo corre por aí e o Sidney Gerbelli pode confirmar, e como disse o primo Valdemar, quem já viu, sabe o que é...., portanto ninguém se assustou com o que viu! (Continua)

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