24 Apr 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Pela primeira vez em nossa vida passaremos o Dia das Mães conversando com os filhos, irmãs, família, através do telefone. O celular nos aproxima, ainda mais quando ligamos nos falando por vídeo.
Continuamos em confinamento devido a pandemia.  As boas lembranças desse dia especial, junto a nossa mãe, as avós, estão presentes.
Lembro que eu não pedia dinheiro ao meu pai, mas economizava uma passagem de ônibus que pegava diariamente, e comprava uma lembrancinha para cada uma de minhas irmãs, para dar a minha mãe nesse dia. Sempre me orgulhei disso. Ver minha mãe feliz era o objetivo.
Minha mãe, Odette Tavares Bellinghausen, foi um exemplo de mulher e mãe. Já contei aqui para vocês.... Ela criava os cinco filhos, cozinhava junto a uma auxiliar, para todos, fazia obras de benemerência, tocava vários instrumentos, tendo tido centenas de alunos de música, pintava, compunha e fazia lindas poesias. Sempre lutou pela cultura em nossa cidade, tendo fundado a Biblioteca Monteiro Lobato e colaborado com as demais dos bairros. Junto de amigos, fundou vários espaços de arte. Desde menina colaborava com matérias para jornais. Aqui na Folha do ABC, tinha uma coluna chamada: “Artes e outras coisas...”. Essas “outras coisas”, geralmente eram sobre a nossa política. Ela marcou sua época como uma mulher ativa, forte e muito simples. Usava sua aliança, as vezes o anel de música, e as vezes um colar de pérolas. Um lápis muito leve nos olhos e um claro batom. Nunca a vi com brincos, o que eu não dispenso.
Nesse dia, não poderia de deixar de falar dela e de minha avó portuguesa Assumpção, nossa segunda mãe.
Bom, meus filhos Roberto, Ricardo e Renato moram longe de mim. Assim, brinquei com eles que os queria todos no almoço do Dia das Mães. Estou adiando esse encontro que será somente quando tudo se normalizar.
Acho que ainda teremos um longo tempo pela frente, de confinamento. Fazemos isso, nos controlando para que eles fiquem tranquilos também.
Brinco que já mandei fazer meu traje de noviça, pois eu, que sempre fui contra as freiras em clausura, agora também o estou. Agradecendo e pedindo a proteção dos nossos Anjos da Guarda.
Lembrei de uma piada, que duas mulheres morreram e que em frente ao porteiro do céu, São Pedro, que acolheu uma e não a outra. Essa então falou: Como São Pedro não me deixas entrar? Passei a vida inteira em clausura, orando... Ele então respondeu: Irmã, esta sua companheira passou a vida inteira numa “comunidade” ajudando os moradores a aprenderem a ler, arrumarem empregos, poderem se alimentar melhor... O que você fez pelos habitantes da terra? – Reflitam...
Assim meus amigos, no dia de hoje deem muito carinho as suas mães, não importa onde elas estejam, já entre os anjos ou ainda aqui, mesmo que distante de vocês.
Um abraço especial para todas as mães
Didi

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