19 Apr 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Em abril, os anjos vieram buscar aqui na terra duas grandes mulheres.... As duas tiveram uma vida longa...89 anos.
Seus nomes: Aura de Almeida e Helena Tondi Miranda.
Aura veio para São Bernardo quando se casou com o José de Arimathéa de Almeida, advogado, delegado e diretor de escola na cidade.
Aura aqui teve os três filhos: Patrícia, Priscila e José Francisco, o Zético.
Ela alfabetizou, na Escola Maria Iracema Munhoz, centenas de alunos. Professora muito querida, se aposentou lá, e depois foi coordenadora no Arbus durante anos. Eu, nove anos mais jovem que ela, tenho as boas lembranças de ficarmos na rua João Pessoa, trocando receitas de comidas, fazendo nossos tricôs e crochês. Quando era lançada uma nova modelagem de roupa, ficávamos na mesa da cozinha desenvolvendo os novos moldes. Ela costurava divinamente. Por vários anos esteve entre as dez mulheres mais elegantes da cidade, comparecendo aos eventos que o mestre Tito Lima apresentava, e sempre sobressaindo. Uma foto das mestras em frente ao Iracema, teve muitos comentários no Facebook, como sendo ela a mais linda das professoras. Não era só sua beleza exterior. Era a mulher mais amável, amorosa e que, todos os amigos que a conheceram, concordam com isso. O Zé de Arimathéa também deixou muitas lembranças. Era especial. Se completavam. Ela faleceu enquanto dormia, no dia 6 de abril.
Helena Tondi Miranda... casada com nosso querido amigo Valter Miranda. Falar o que sobre ela? É um despertar de lembranças de minha vida inteira. Meus avós eram padrinhos de sua irmã Luci, a Lucimara. Prima do nosso prefeito Higino de Lima (1964), seu pai era irmão da mãe dele, era uma jovem linda com seus cabelos loiros e olhos azuis. Moravam na rua João Pessoa, os pais e 7 filhos, onde hoje é o Edifício Guazzelli. Éramos vizinhos. Como lembrou seu marido, quando minha mãe Odette faleceu e ele proferiu as palavras de despedida, contando que foi naquela casa que ele começou a namorar a Helena, e do momento  em que a conheceu. Foi num show da Associação Beneficente Bartira, onde ela fazia parte do coral, quando ela a cantar o solo de “ La Violetera”, com uma cesta de violetas nas mãos, vestida com um longo lilás de cetim, que ele se apaixonou por ela e, sentado na plateia do Cine Anchieta, disse a um amigo: Vou me casar com ela!
E assim aconteceu. Ele sempre foi um funcionário da prefeitura, zeloso pela cidade e honesto.
Tiveram três filhos: Valter, o Junior, Maurício e Fábio. Eu ia bastante visitá-los e vi os netos, duas meninas e dois meninos, crescendo e ela, uma avó extremamente amorosa.
Quando meu marido Theo faleceu, também foi o Valter a fazer a despedida com palavras de conforto a nós, família.
O término da missão do Valter aqui na terra foi um grande golpe para ela. Voltou seu câncer que ao que parecia, já tinha sanado. Sempre morando com sua irmã Lívia, hoje com 92 anos, que dedicou a vida inteira a família, e é a querida de todos.
No dia 25 de abril a Leninha finalmente descansou.
Tive o prazer em ter estado com Aura em dezembro e em janeiro com a Leninha... Momentos em que relembrámos os bons tempos de convivência.
Lembranças que viverão enquanto eu viver.
Elas estão na Paz do Senhor!
Um abraço saudoso, Didi

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