16 Apr 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Tantos são os flagelos da humanidade... a fome... as drogas, e por aí a lista segue.
Agora, porém estamos enfrentando um dos mais fortes... Aquele que está destruindo homens e mulheres que alcançaram uma mais prolongada idade na vida.
O Coronavírus- COVID 19 veio com força para dizimar muito da população.
Bem, já estamos cansados de tantas notícias sobre essa praga, ouvindo até que ela foi plantada na China (quem sabe?)
Bom, vamos recordar outras gripes no Brasil.
Meus avós portugueses contavam que a gripe espanhola começou em 1918, e foi tão grave que as pessoas morriam e passavam os carros de bois recolhendo os corpos. Meu avô João Domingues Tavares morava em Moema junto a minha avó Assumpção e minha mãe Odette, na época com 9 anos, e um casal de caseiros. Nos contavam que tinha sempre um charuto aceso e de pouco em pouco tinham que o sugar, pois a fumaça era desinfetante. Faziam jarras de pinga com limão e iam todos tomando goles (?) durante o dia. Tinham criação no quintal. Assim faziam panelões de canja e os distribuíam aos vizinhos que haviam adquirido a doença. Eles ficaram imunes.
Eu também me lembro que durante a gripe asiática, em 1957, eu fui a primeira pessoa da família a pegar. E lá veio a pinga com limão. Antigamente não usávamos gelo, era tudo bem natural. Qdo a minha cedeu, praticamente a família já estava contaminada. Eu então, junto a uma empregada que era quem matava a galinha, fazíamos as canjas e levávamos para alguns vizinhos da rua João Pessoa. Em seguida fui ser voluntária no Centro de Saúde na rua Marechal. Imensas filas se faziam na rua, sob um sol escaldante. Chegava às 12 horas. Primeiro dia comecei fazendo as fichas dos doentes. Aí passei para verificar temperatura acompanhando para as consultas médicas. Quando falei que sabia colocar a sulfa na seringa, já passei para a sala de medicação. Na marra, com a ajuda da Norminha, Cida, Deolinda, e mais um grande grupo de enfermeiras. Lembro que as seringas eram esterilizadas, mas com a rapidez que as usávamos, ficou a dúvida. Quando na minha fila estava um menino de seus cinco anos que se debatia, passarem o Dr. Eugenio Takeshita (que era nosso vizinho) e mais um médico, e para meu pavor seguraram a criança no colo da mãe e me disseram: Vai! Já um casal de negros, fiz a aplicação neles, como sempre perguntando se queriam na nádega. Muito alegres por terem conseguido ser medicados, disseram: Agora nossa filha (tinha mais de 20 anos). Ela tremia e disse: no braço. Tudo bem. Quando acabei de aplicar ela desmaiou. Fiquei apavorada. Os pais então contaram que não era nada não.... Que ela estava apavorada porque era a primeira vez num médico. Realmente, foi uma queda de pressão. Quando a fase crítica tinha passado, segui meu caminho...
Depois tivemos sem grandes consequências outras gripes como a aviária, da vaca louca. Uma pouco divulgada, mas que trouxe muitas mortes ao planeta foi a H1N1. Bom, temos a malária, a dengue, o sarampo voltando. Agora dia 23 começa a vacinação anual contra a gripe H1N1. Seria interessante que a secretária da Saúde fizesse a vacinação diretamente nos prédios. Um exemplo: no meu são muitos os idosos. Já pensaram todos se acotovelando nos postos? Aí será o caos.
Hoje as redes de divulgação nos mantêm bem informados, mas é necessário levarmos assuntos mais leves aos nossos neurônios. Vamos ficando obsessivos com o assunto, encurtando aí sim nossa vida. Nada de aglomerações, o cinema que adoro é agora na Netflix e outros canais. Cuidando de minhas plantas e lendo os livros que me trazem prazer. Não posso mais fazer, mas tenho amigas aproveitando para tricotar e crochetar... Armários estão sendo limpos e aproveitando para fazer suas doações. Maridos... se entretenham ajudando nos serviços da casa.
Sabemos qual será o fim da nossa caminhada, mas vamos fugindo dela. Mas até quando?
Vamos viver sem o temor do dia de amanhã, mas tomando todos os cuidados das informações que estão nos chegando.
Cuidem-se. Um abraço, Didi
PS. Esta matéria era para ter acontecido na semana passada. Devido um problema no computador ficou retida e não percebi. Assim como a grande maioria das pessoas, estou enclausurada. O momento é de confinamento. Nessas horas percebemos muito do amor entre os seres humanos. Como meus filhos estão longe, amigos se ofereceram para me fazer algumas compras de primeira necessidade. É aí que encontramos o amor e amizade dos amigos que mesmo longe, nos colocam no coração deles. Ainda existem anjos aqui na terra. Obrigada.

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