20 Apr 2024
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Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Nesse dia a saudade aperta...
Boas lembranças daqueles pais queridos... Meu avô, João Domingues Tavares, o português paizão, que nos contou tantas histórias de sua aventuresca vida.
Meu pai, Alberto Eduardo, que tão cedo perdeu seu pai, o alemão Guilherme Bellinghausen, e quis ter uma grande família com minha mãe Odette. E assim nasceram os cinco filhos.
Em São Bernardo, na época em que meu pai era jovem,o trabalho era em fábricas de móveis. Meu avô alemão tinha uma oficina de ferreiro na esquina da Rua Marechal com a Dr. Flaquer. Em 1920 faleceu e esse estabelecimento onde eram feitas carroças e carruagens puxadas a cavalo, ferraduras para os animais, etc. ficou para um seu ajudante e aprendiz da família Pelosini. Meu pai tinha três irmãos mais velhos: Wilhelm, Carlos Theodoro e Leonia. O mais velho trabalhava em Santo Amaro, reduto dos alemães. Meu pai e o Tede, ainda moleques, foram trabalhar na Fábrica de Móveis Corazza e aprenderam o ofício de entalhadores de madeira. Com vinte e poucos anos fundaram a Fábrica de Móveis Irmãos Bellinghausen, instalada no quintal da casa da mãe Catherina, e que ia da rua Dr. Flaquer até a Carlo Del Prete. Casou-se então com minha mãe, Odette Tavares, e seu padrinho de casamento foi o Sr. Manoel Corazza, por quem tinha muito respeito. Seus irmãos não tiveram filhos.
A Indústria cresceu rapidamente. Minha mãe ajudava no orçamento dando aulas de piano e pintura.
E foram comprando mais terrenos no quarteirão enquanto a família crescia. Meus avós portugueses sempre com a casa ao lado da nossa. Meu pai sempre muito querido por todos. Era muito engraçado com suas histórias e causos. Viajava com a família e umas duas vezes por ano com os amigos descobrindo este nosso Brasil. Caçando, pescando...
Tenho mais de 30 histórias escritas que me foram contadas por seus amigos. Também, muitos deles nos contando algo que ele nunca comentou com a família. Que adiantava salários, sem juros, para funcionários da indústria, construírem suas casas. Isso nos deu ainda mais orgulho.
A história é longa... Ele faleceu ainda jovem, aos 69 anos. Sempre tinha uma piada pronta por algum momento da vida já contei anos atrás toda sua vida aqui na Folha do ABC. Ainda repito.
Agora vou falar do outro pai em minha vida. O pai de meus filhos: Theo = Theobaldo Coppini. Me deu o maior presente da mi-nha existência. Gerar três filhos maravi-lhosos. Três homens. Eu até queria uma filha, e ele disse quando depois do terceiro e eu não poderia mas gerar: Se você quiser, adotamos uma menina. Mas achei que os três já eram suficientes... Ufa!
Meus filhos sempre agradecem o pai que tiveram. Diziam que ele era o broncossauro... rsrss... criados com muito amor, era ele que os pegava durante a noite no primeiro choro e se debruçava no berço em qualquer doença.
Falando nos três que eu homenageio. Meu pai e meu avô todos os anos faziam vinho. Na época chegava um caminhão carregado de caixas de uva. Assim no alpendre, elas eram estocadas e a festa começava. As grandes cartolas ficavam por um tempo curtindo até a chegada de engarrafar. Eu já em namoro firme, o Theo foi convidado para ajudar. Ia arrolhar as garrafas... Neto de italianos que não gostava de beber... Vá lá...
Davam um copo de vinho e ele sentado em um banquinho baixo ia colocando as rolhas. De repente meu pai percebeu que ele estava arrolhando garrafas vazias…rsrss... O vinho já tinha subido.
Enfim... meu espaço é pequeno para falar do que foram e são esses homens em minha vida. As sementes estão aí me dando a alegria de viver. Cinco netos que amo do fundo do coração.
Sempre digo que a herança maior que meu pai nos deixou foi amar a vida, enfrentar com coragem todos os momentos difíceis que surgem, nos ter transmitido os valores de caráter.
Obrigada pai!
Para todos os pais, meu abraço especial
Didi

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