23 Apr 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Faleceu nesta segunda feira passada, nosso amigo, batateiro, Jerônimo Adamo.
Eu o conheci no Ginásio João Ramalho, vestido com aquele terno do uniforme de cor caqui, com aqueles cabelos louros e olhos azuis. Era um ano mais novo que eu. Estávamos em classes diferentes, mas naquela época, todos éramos muito amigos. Ele sempre aprontando para nossa diversão. Foi presidente do Centro Acadêmico da escola. Começou por aí a se destacar.
Nos fins de semana nossa turma se encontrava nas reuniões familiares. Além de minha casa, ele era muito amigo do casal Bruna e José D’Angelo. São Bernardo nessa época era como uma só família. Todos se conheciam. Jerônimo, nascido no bairro Assunção, era filho único. Todos o admiravam por ser muito inteligente.
Formou-se na Escola Paulista de Medicina.  Foi convidado para trabalhar como médico na prefeitura pelo prefeito Hygino de Lima. Não pode aceitar por estar dando aulas dois dias por semana na Faculdade de Medicina em Taubaté. Era Professor Doutor. Na administração seguinte, o prefeito Aldino Pinotti o convidou para ser Secretário de Saúde. Assim ficou na prefeitura durante muitos anos.
Casou-se com nossa grande amiga de infância Clarice Margonari. Tiveram quatro filhos: Ana Paula e Maria Luiza, médicas, Paulo, engenheiro e Marcelo, farmacêutico.
Foi professor de medicina na Fundação do ABC. Tinha também sua clínica particular na Rua Padre Lustosa.
Acompanhou meus sogros, sempre muito dedicado a eles, até o momento final de suas vidas. Meu marido Theo o admirava muito. Ele esteve muito presente durante os Jogos Juvenis Sul Americanos de Atletismo ao lado de meu marido. Incentivou muito os esportistas.
Foi também professor do ensino médio no Colégio Dona Leonor Mendes de Barros. Segundo amigos com quem falei, lembramos que ele dava palestras gratuitas em escolas, contribuindo com sua experiência na formação de muitos jovens. Como uma amiga me disse, ele era intenso. Onde ia fazia muito barulho, bem a moda italiana. Um grande ser humano, sempre muito prestativo e atencioso.
No velório, um momento de encontrarmos pessoas que não víamos há tempo, uma conhecida me contou que estava noiva de um colega do Jerônimo, e, ela reconhece, que era muito fresca. Morava em S. Paulo e ele então convidou o casal para irem jantar no Restaurante dos Demarchi. Lá chegando viu que em sua mesa não havia talheres. Jerônimo então disse que em restaurante italiano era servida a polenta e o frango, fritos, e que tinham que usar as mãos para comer. Então, tá......
Lembro que ele ia à feira aos sábados. Os feirantes o conheciam e faziam uma festa quando ele chegava. Todos os conheciam. Sua alegria era contagiante.
Durante muitos anos manteve contato com os Monges do Mosteiro São Bento. Santo de quem ele era devoto. Assim alguns deles estavam presentes em seu velório fazendo a prece de despedida.
Como minha amiga falou ao o recordarmos: Que esteja na Luz! Gratidão por seu trabalho em nossa cidade. Trabalhou com competência e humanidade. Coisa difícil hoje em dia... Adeus Amigo... Um dia nos encontraremos... Didi

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